"Nem todas as verdades são para todos os ouvidos"
UMBERTO ECO, in Barelli, Ed. Martins Fontes

Escravos do Tempo

domingo, 3 de outubro de 2010

Voto de protesto ou palhaçada ?


Voto de protesto ou palhaçada ?
andré luis felício[1]

O desdobramento dos números finais das eleições do último final de semana não pode ser considerado um “resultado”, mas sim uma “sequela”. Isso porque traduz um trauma naquilo que os cientistas corteses denominam politização popular. Se por um lado alguns canalhas voltam carregados nos ombros de currais eleitorais anematizados que merecem toda a miséria e subdesenvolvimento que os assola, a maioria desses tartufos e vigaristas conseguem se reeleger não em função de uma votação expressiva, mas sim apanhando “carona” na estupidez das massas, aproveitando-se da cultura protozoária de um povo de consciência virginal. Após haverem sido defenestrados dos seus mandatos pela prática de uma gama de crimes que vai do abuso do poder econômico até a genuína improbidade, voltam, Ad nauseam”, com suas caras lavadas e caldas peludas abanando sobre o dinheiro público que pensam em abocanhar sob os auspícios da “Lei de Gerson” que elegeram como comezinho princípio de conduta funcional. E não é só, a preocupação maior é outra: o deputado federal mais votado não é um intelectual politizado ou, no mínimo, um cidadão preparado, mas sim, literalmente, um palhaço semi analfabeto, que denigre a própria casta quando se aventura em um cenário onde o riso não é fruto do espírito circense, mas sim consequência do alívio advindo da nefasta e não rara impunidade.  O azarão submerge de uma categoria de pseudos políticos, que fizeram fama à custa de holofotes televisivos de programas populares que encontram na intelectualidade tênue e insípida, o esterco de sua existência. O deputado federal mais votado se mistura a pagodeiros, prostitutas e “boleiros”, que acreditam poder contribuir para os rumos da oitava economia do mundo, com uma simples alfabetização “funcional” onde o ato de escrever o nome é puramente mecânico e ensaiado. Além da carona de suas legendas esses sujeitos acéfalos em ideologia chegam lá” graças a votos travestidos de um “protesto” que nada se assemelha à real acepção da palavra. Segundo o dicionário Houaiss, protesto constitui-se em um “grito, brado de repulsa ou de não-concordância com algo”. Ora, se você não possui tendências masoquistas, a tendência natural e instintiva é a de repelir os afastar-se daquilo que não gosta ou concorda. No caso de eleições isso se daria abstendo-se de escolher. Assim, votar em branco é protesto, anular o voto é protesto...dar tiro no próprio pé não é protesto. A frase A única diferença entre sabedoria e estupidez é que a primeira é limitada” nunca foi tão atual. É assim que milhares de eleitores energúmenos justificam sua afinidade com a palermice de concorrentes despreparados, fazendo-o através de um pseudo piquete intelectual que, orgulhosamente, chamam de “protesto”. Pior de tudo é que um desconfortante antagonismo aponta uma batalha desigual de votos entre os dois mais votados candidatos na seara federal: “Tiririca” versus Chalita... o palhaço versus o educador! Gabriel Chalita, catedrático de renome, queridinho das professoras, negligenciado e subestimado pelo seu antigo partido, chega à mesma câmara federal de “Tiririca”, trazendo na bagagem não anedotas idiotas como aquelas apresentadas pelo bufão no horário político gratuito, mas sim princípios cristãos e competência intelectual. A distância dos números de votos que separam os dois (mais que o dobro), não é uma palhaçada, é na verdade, puro humor negro, de um povo fatigado e insatisfeito com uma classe conspurcada por sucessivos escândalos. Talvez nesse país, de fato, quem ri por último... ri melhor !


[1] O autor é Promotor de Justiça, professor de Direito, articulista, co-fundador e palestrante do Movimento Mariana Braga.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Teatro em PP.

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Proparoxitona ou Kalopsita ?

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Máquina pública. Quem puxa ? Vc !

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Série POLÍTICA & PODER

Deixa aos outros a glória e a fama. Interessate apenas pela realidade do poder
Cardeal Mazarin


A única vantagem do poder: Poder fazer o bem mais do que qualquer outro.
Baltasar Gracian


Ignoro o que sejam princípios, a não ser que se tratem de regras que se prescrevem aos outros para nosso proveito. 
Denis Diderot


Mesmo no mais alto trono do mundo estamos sempre sentados sobre o nosso rabo. 
Michel Montaigne


Eles são honestos: não mentem sem necessidade. 
Anton Tchekhov

Amsterdan

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Enquanto isso... no cemitério !

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Madressita...

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Decifra-me...

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Liberdade de credo...

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Viva assim... viva assado !

Já ha um bom tempo tento desenvolver um modo de vida social onde minha presença é menos exigida. Só por isso os torpedos me fascinam. Imagine avisar alguém que vai se atrasar sem ter que explicar o porquê, ou melhor, cumprimentar alguém pelo seu aniversário sem ter que dizer aquelas frases chavões que suscitam um imediato silêncio abissal após serem ditas ? Êêê... então ta bom...tchau !  Para tanto a internet tem sido meu bálsamo. Recebo e mando e-mail´s apenas para quem eu quero. Mas acreditem... até aqui os chatos brotam. Insistem em retransmitirem mensagens idiotas sobre conspirações conjeturadas para nos tomar a Amazônia ou acerca da existência de uma unidade militar internacional que usa aquela casa de sucos naturais como fachada para a entrada. Como bem sentenciou Mário Quintana, o maior chato é o “perguntativo”. Sabe aquele que não se contenta em te aporrinhar mas exige resposta ? Prefiro o chato discursivo ou narrativo, que se pode ouvir enquanto se pensa em outra coisa. Mas não... é corrente prá lá... corrente prá cá. Algumas ainda chantageiam: se não responder pode nunca mais achar uma vaga no shopping, ou... os que repassaram será doravante ouvido, e atendido, por todos os call-center´s.  Bowshit... por causa disso qualquer e-mail que tenha mais de 10 linhas escritas é sumariamente erradicado da minha caixa de entrada. E tem ainda as “recente pesquisas” ? Ai que deleite! Xuxú crú com coalhada feita de leite de cabra previne câncer do intestino. Alho puro afasta o risco de psoríase (e todos os serem humanos vivos do seu bafo). Morro de rir (...quando leio). E as dietas: coma de duas em duas horas (quando tentei acabei com três caixas de Amandita e não vi resultado algum). Beba uma taça de vinho... beba milhões de copos d´água... e outro e-mail dois dias depois adverte: não exagere na hidratação. Melhor mesmo é quando insistem em dar a fonte, perceba que é sempre uma universidade americana ou o laboratório de tecnologia de alguma agência governamental, nunca o idiota desocupado que fantasiou a “tese”. Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não cair em nenhuma delas. Chega de fórmulas recém descobertas para saúde ou riqueza imediata. Sei muito bem o que me faz bem ! Dormir bem me revigora. Brincar com meus filhos não tem preço!  Avião não me dispara o coração pelo medo mas pela ansiedade de saber que vou ver gente nova, lugares diferentes. Ligar para um amigo fora de hora e surpreendê-lo fortalece nossa afeição. Falar para as pessoas que amo que minha vida serie diferente sem ela me faz o homem mais rico do mundo. Mandar flor para a mulher fora de época me rende uma noite “caliente”... Namorar faz bem, ficar em silêncio no meio da discussão chega a ser uma virtude. O que dá câncer é deixar passar a oportunidade de pedir perdão quando erramos, é ser pessimista, é acordar arrependido pelo que fez (ou deixou de fazer), não é a pele do tomate ou a mussarela com mais de três dias de geladeira. A mágoa a inveja é que nos corrói. O que te mata não é acordar em uma banheira com gelo sem o rim roubado pela aquela bela garota da qual as mensagens do Outlook te preveniram, mas sim ficar distante de Deus. Ser pedante te deprecia, ser preconceituoso te implode. Cinema é melhor prá saúde do que a pipoca. Ler um bom livro, incha-me o cérebro e faz-me sentir novo em folha. E como arremata Luis Fernando Veríssimo... sonhar é o melhor de tudo e muito melhor que nada ! Aliás, já ia me esquecendo... Exercício é melhor do que cirurgia, particularmente adoro longas caminhadas, especialmente quando são feitas, sem volta, pelos chatos... rsssss ! Vamos lá... Carpen die !!!

Mercúrio... e alumínio.

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Eu ? Preocupado ?

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Umbigo do mundo...hoje !

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Nostalgia...

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Espólio Imaterial !!

Dias desses recebi um folder de uma ONG que mantêm um projeto ambiental no nordeste para cuidar da reprodução das tartarugas em uma praia distante mais de 2 mil quilômetros de minha cidade. Pensei... com tantos problemas por aqui, vou dar dinheiro prá estudante bicho-grilo ficar tomando água de coco a beira-mar ? (no hard feelings) Pergunto: e os nossos problemas ? É... os de nossa terra!? E nosso hospital do câncer? E a falta de emprego em nossa região?  Os presídios lotados ? Existe um provérbio Chinês que prega: Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa! Veja por exemplo nossos jovens, cujas opções limitam-se a rodeios frustrados, festa haves movidas a música para protozoários, e dois shoppings que sequer vendem Dunkin´Donut´s (a-b-s-u-r-d-o). Sou pai e também sofro com os modismos fortuitos. Amarguei uma temporada ouvindo Rebeldes no carro, que foram substituídos pelo som “menos ruim” dos castos Jonas Brothers (Barghhh). Atualmente fui apresentado a uma família de vampiros (crepúsculos lembram?) com quem convivo em DVD, CD e até uma trilogia de livros. Já ouvi que criar filhos é como videogame, a fase seguinte é sempre mais difícil, por isso, sempre que “baixam a guarda”, busco transmitir-lhes o que realmente importa. Pense você também se os valores que tem cultuado são capazes de fazer sua prole feliz ? (disse “feliz” não “bem sucedida”). Pare e pondere. Podemos SIM começar a modificar o mundo de dentro de nossas casas. Assuma uma atitude, e quando sair dessa poltrona que inclusive já tomou seu formato, chame seu filho(a) e comece a modificar o SEU mundo: Lembre-o que ficar sem algo que quer (e ter que lutar) é a verdadeira chave da felicidade!  Diga a ele que bem pode prosperar na vida sem deslembrar dos menos favorecidos, e que nosso país não é subdesenvolvido, mas sim subadministrado e portanto transformações sociais que o tornem mais justo são bem vindas. Ensina-o que o Brasil é uma nação trabalhadora e criativa, onde milhões de brasileiros acordam todos os dias antes do sol nascer, comem aquém de suas necessidades e consomem a maior parcela de sua vida no trabalho, em troca de um salário que não lhes assegura acesso a casa própria, que dirá um milk-shake de Ovomaltine e que mesmo assim, essa gente é incapaz de furtar um clip´s no seu trabalho ou um tijolo da obra, e só por isso são muito melhores que os escrotos ladrões de colarinho branco que pululam os intestinos putrefatos dos altos escalões da nação.  Intrua-o a evitar a via preferencial na sociedade que apesar de rechaçar hipocritamente a “Lei de Gerson”, nunca abdicou dela. Lembre-o de exercitar o silêncio, de confiar no tempo, de reverenciar as pessoas que valem a pena.   Ensina teu filho que Michelangelo não ficou 16 anos pintando a capela Sistina, por causa de dinheiro e que as pessoas ricas nunca vão experimentar uma das maiores emoções da vida que é pagar a última parcela do financiamento do carro. Mostre a ele que aquele que não tem habilidade esportiva alguma ou um rosto bonito não deve enterrar sua autoestima sobre padrões temporariamente vigentes de perfeição.  Ensina-o que só temos o direito de olhar outro homem de cima para baixo se for para ajudá-lo a se levantar, e que o tripé: trabalho, humildade e honestidade abre qualquer porta. Eduque-o no sentido de que a Oração não é apenas uma ato de culto, mas a forma de energia mais poderosa que ele pode gerar.  E por fim, mostre a ele, mesmo que através de um simples gesto, que só o amor vale à pena... 

Paaassaaa tempo...paassa...

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Telefone de Deus ?

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No final...

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Vida pela frente...

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Você já sofreu ? Tá brincando né ?!?!

Cantando a dor mais bonita que existe, Marisa Monte dispara: A dor é de quem tem !  Quer verdade maior? E não é só em relação à dor de cotovelo. Já percebeu como as pessoas tentam se compadecer de nossa dor, quando na verdade não são capazes de sentir nem metade de nossa expiação. Atire a primeira pedra quem não sofreu pelos filhos, nas mãos da perversa privação, ou até mesmo de saudade de alguém que se foi antes da hora. Por que no mundo de hoje sofremos tanto? Porque banalizamos o “sofrer”. Tenho um que sentencia: existem apenas dois tipos de pessoas nesse mundão... as que acham que sofrem e as que realmente sofrem. Conseqüência disso é que quando padecemos por conta da uma dor física intensa, pela morte de um dos nossos, ou algo que valha realmente ser pranteado, teremos a fria comprovação de que os outros vão nos acolher e consolar como se estivéssemos sofrendo corriqueiramente... aí sim... a dor é só nossa... de mais ninguém! O próprio Drummond nos ensinou que a educação para o sofrimento, evitaria senti-lo, em relação a casos que não o merecem. Educação? Como se aprende a sofrer? A proliferação de livros de auto-ajuda estão longe de conseguir engarrafar a fórmula da felicidade durável, até porque, ela não existe, já que o aflição é o condimento da vida. Sofrer nos aproxima de Deus na mesma proporção que a prosperidade nos afasta. A única coisa que descobri sofrendo, pelos filhos, pelas injustiças, pela incompreensão e pela solidão, é que não conseguimos evitar 100% o sofrimento, mas podemos tomar atitudes que o mantém distante, como deixar de lado a Idéia de que necessitamos sempre ter razão ou devemos alcançar o sucesso em tudo. Antigamente pelas ruas existiam mais terrenos baldios palco de peladas nas quais o único perna de pau era o dono da bola. Nada de disputa desenfreada. Pelas mesmas ruas circulavam charretes entregando um leite mais grosso e gostoso ou verduras sem agrotóxico. Minha maior preocupação naquele tempo era dar de cara no banheiro da escola com uma loira que trazia algodão no nariz (aí se encontro hoje uma loira no banheiro rssss). O refrigerante que hoje encontramos até em posto de gasolina era um prêmio, consumido apenas nos finais de semana, ainda assim depois de irmos até o mercado com um vasilhame. Dentro de casa a TV não sintonizava, mas “pegava” menos de uma dezena de canais, mas as famílias assistiam juntas e estavam longe de ser um conjunto de pessoas cujo único vínculo é a chave da mesma casa. Na cozinha se passava um café em um coador de pano, cujo cheiro alcançava até a sala onde um aparelho três-em-um era nosso “gadget”. Nessas “modernidades” tocava-se aquelas bolachonas ou fitas cassetes que quando mastigadas exigiam ser enroladas novamente nos dedos. Na sala um único telefone ainda tinha fio e devido ao seu peso me servia como arma perfeita contra minha irmã. Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamá-lo ao invés de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN. Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso...mas convenhamos...mais prazeroso. Alguém pode me explicar porque hoje engolimos o almoço às pressas ou somos obrigados a decorar mais de uma dezena de senhas. Quando foi que deixamos de sentar nas cadeiras de fio na varanda ? Porque estamos sempre atrasados se nossos carros são mais velozes? Quando vamos enxergar que a felicidade é valorizada somente pelos que experimentam privação ou dor ? Pois é justamente na saudade que aquilatamos a companhia de um amigo... é a dor corporal que nos faz valorizar a saúde... é a fome que realça a saciedade...é a escuridão que enaltece a luz. Aos que nunca sofreram verdadeiramente (e não falo de unha encravada, errar a pedida no restaurante ou ganhar o cd do Wando no amigo-secreto) advirto: vocês não sabem de nada, aliás ignoram-se a si mesmo, porém, mesmo na pior das situações  devemos lembrar que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional, e destarte, se você quer ser feliz, o problema é de Deus, mas se você quer ser infeliz, o problema é seu ! Carpe diem !

Corcel... no lixão !

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Lixão Pres Prudente

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Política é lixo ???

No antigo teatro ático, os atores, para serem vistos pela numerosa porém distante platéia, utilizavam-se de enormes máscaras, chamadas pelos gregos de persona. Se representassem uma tragédia, os traços eram horripilantes, comédias, expressões hilariantes. As emoções eram acintosas para que não houvesse dúvida do que se passava no íntimo daqueles que interpretavam. Definitivamente não é isso que vemos em Brasília. Aliás, somente um covarde quedar-se-ia inerte diante das últimas fanfarrices dos congressistas. O “teflon” Sarney (nada gruda nele) a virar o ano ileso conseguiu cuspir na cara de todo brasileiro. Charles de Gaulle estava certo quando sentenciou que a política é um assunto demasiadamente sério para se deixar tão somente na mão dos políticos. Diante de tantos escândalos, torna-se vítima de sua própria desídia aqueles de nós que busca neutralidade diante do processo eleitoral da escolha. Como lógica conseqüência de escolhas inconseqüentes vem o desapontamento e reclames que se estendem por todo o intervalo entre as eleições. Tudo bem que essa crise de representação não é exclusividade de nossa nação, ela impregna todo o cenário político sul americano, com fortes doses de caudilhismo e incredulidade, porém para piorar ainda mais constatamos que sob tal enfoque, nenhuma perspectiva de mudança se avista. Partindo da premissa que cada vez mais pessoas confundem política com astúcia pergunto (e respondo): O que podemos fazer diante de tantas mazelas? Podemos exigir vergonha na cara dos que aí estão (e a imprensa o faz com maestria). Devemos selecionar políticos capazes de desgastar-se pelas necessidades do seu povo pois quando isso não ocorre a sociedade desanima e o descrédito leva à perda de legitimidade da própria política e seus protagonistas. Pior: assusta e afasta as novas gerações. Como professor universitário sempre adverti o alunado que a sina daqueles que se colocam em posição de defesa em relação à política porca e broxante é, justamente, ser conduzido pelos que dela participam e gostam. Trocar a sensatez da escolha pelo impulso não pensado é fechar os olhos para as mazelas administrativas e acolher passivamente a disparidade social. É deixar de perceber que, quando o bem comum está em jogo, uma indolência geral predomina, mas quando tratamos de interesses individuais, familiares ou setoriais, a indiferença e descaso, que usam Brasília como palco, sucumbe à luta pela melhor fatia. Até meu filho de 10 anos sabe que o embuste sempre foi a base do sistema político, mas nunca a verdade foi tão aviltada face a sua impotência. Se você concorda que “O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Não há princípio que não seja desmentido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos.” Saiba que você está aderindo a um desabafo que Eça escreveu a exatos 138 anos atrás... e o que aí está ?  Vai mudar hoje por quê ?
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domingo, 6 de dezembro de 2009

“Que tipo de gente é você ?”




















Se arrumamos nosso cabelo todos os dias, porque não podemos, vez ou outra, arrumar nosso coração tão bagunçado ?    Note-se, porém que para isso se exige iniciativa. Exige-se ter a consciência de que, fazendo o que você sempre faz, só vai conseguir o que já tem e, portanto coragem é primordial para poder, quem sabe, nesse ano de 2010, fazer parte do grupo de pessoas “bem resolvidos”.   A decisão é sua... pois falo àqueles que elogiam mais do que criticam, dos que escutam mais do que falam, e que quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no tête-à-tête.    Falo de gente que não usa um tom superior de voz ao se dirigir ao garçom ou ao frentistas, por exemplo.    Falo de filhos que não levam os pais sexagenários para passear apenas para poder estacionar em vagas privilegiadas nos super mercados.    Falo dos humildes, dos trabalhadores... dos honestos!    Falo dos maridos que presenteiam fora das datas festivas e das mulheres que são cúmplices em tudo.    Falo daquele que vez ou outra se esquece dele mesmo e pensam no "próximo" e que vez ou outra faz algo por alguém mesmo que este alguém jamais fique sabendo que foi ele ou o quanto teve ele que se arrebentar para tanto.    Falo dos que não são espaçosos.    Falo dos que retribuem carinho e solidariedade mesmo que com um torpedo monossilábico.    Não poderia esquecer daqueles que esperam... em paz... a dificuldade passar e que sabem, como ninguém sorrir  mesmo na adversidade.    Falo dos que nos olham nos olhos e que sabem que o mundo não gira ao redor de seu umbigo....   Para encerrar, falo daqueles que acima de tudo, e mesmo não sendo fácil, enxergam no amor a única solução para as desventuras do mundo! E longe de querer “dar lição de vida”, busco apenas rememorar a derradeira lição da vida, ministrada de forma inóspita a mais de dois mil anos... ou seja... não se ama porque é fácil... ama-se... simplesmente... porque é preciso.